Há vinte e dois anos, um grupo de mulheres se uniu, unidas pela saudade de casa, pelo amor à música e pelo desejo mútuo de desenvolver conexões mais profundas com sua comunidade. Designers, advogadas e professoras, amantes da música, mas ainda não cantoras profissionais, se reuniram em reuniões semanais ao redor do piano na casa da co-fundadora do Brazilian Voices, Beatriz Malnic, em Weston, em comunhão e canção. Dessas reuniões surgiram sete CDs originais, oportunidades como artistas residentes em hospitais da região, uma apresentação no ano passado no Carnegie Hall acompanhando o compositor brasileiro Guilherme Arantes e uma celebração da cultura brasileira.
Na sexta-feira, 20 de outubro, seu novo show no Sandrell Rivers Theater em Miami, “Amazonas, O Ritmo da Natureza”, celebra e chama a atenção para o mundo natural e a importância de conservá-lo, de acordo com as co-fundadoras.
“Começamos a cantar essa música chamada ‘Rio Amazonas’, composta por Dori Caymmi, e nos apaixonamos por ela”, diz Malnic. “Então, decidimos reunir muitas músicas que falam sobre a natureza, que falam sobre florestas. O que nos inspirou foi a natureza e os elementos da natureza, o ritmo da natureza, viemos dos quatro elementos, ar, água, terra e fogo, e como sem eles o mundo não poderia funcionar na perfeição e na ordem que faz.”
Elas veem isso como uma oportunidade não apenas para advogar e celebrar a Floresta Amazônica, mas também para focar localmente, encontrando sincronia nos Everglades que esperam que ressoe em um nível pessoal com o público de Miami.
A co-fundadora Loren Oliveira, que, como Malnic, nasceu no Brasil antes de se mudar para o sul da Flórida, acrescenta: “Temos músicos incríveis que tocarão conosco, e montamos algo que será muito inspirador. Pensamos, como podemos inspirar, despertar essa conexão que todos nós temos com a natureza, e achamos que a música é uma ferramenta tão boa para inspirar as pessoas a despertar esse espírito poético.”
Além de celebrar a natureza, eles também têm como objetivo educar o público musicalmente, convidando os membros da plateia a participar da música.
“Uma das coisas que o Brazilian Voices faz e que se tornou nossa marca é entrelaçar nossos instrumentos brasileiros”, diz Malnic. “Distribuímos chocalhos, convidamos as pessoas a subir ao palco para tocar triângulos e mostramos a elas os bastões de chuva. Dessa forma, elas podem realmente sentir os ritmos, porque, uma vez que você é capaz de tocar o instrumento, pode realmente sentir os ritmos e fazer parte disso.”
Uma experiência sensorial completa, o público entrará no teatro onde haverá uma exposição no saguão com pinturas da artista brasileira Clara Piquet retratando tribos nativas da Amazônia. Uma vez na sala, eles serão imersos nos sons da floresta tropical e serão convidados a participar de um chamado e resposta com os artistas.
A empresa espera que essa experiência imersiva ressoe com a comunidade local e inspire uma conexão mais profunda com a natureza.
Como Oliveira diz: “A partir dessa pequena semente que estamos plantando, muitas ideias e movimentos serão capazes de florescer a partir daí. Esta é a nossa contribuição, uma pequena contribuição para a nossa comunidade que temos tanto apreço, o sul da Flórida, é como nossa família.”
Texto por Rebekah Lanae Lengel