O início do ano trás sempre uma oportunidade de avaliação pessoal, de reflexão sobre a existência. De fazer um balanço geral dos erros e acertos, das vitórias e fracassos e das perdas que tivemos. Ano após ano, mesmo em meio a tanta agitação e correrias próprias desta época, muitas pessoas ficam preocupadas quando percebem que o ano correu rápido demais e chegam perplexos ao desconhecido ano novo que está à sua frente. O que aconteceu no ano que terminou foi real, existiu, mas ficou no passado. Tudo o que fizemos ou deixamos de fazer ficou para trás, assim como todas as lembranças, boas ou más.

Mas o passado é também o nosso patrimônio. É o que acumulamos, a riqueza que adquirimos. Então, nesse balanço geral, devemos lembrar de que, sendo o passado o nosso patrimônio pessoal, cada um de nós tem a oportunidade de rever, reavaliar o que construiu, desconstruir o que for necessário, para reconstruir. Em primeiro lugar, não seja tão rigoroso consigo mesmo. Cada escolha efetivada é sempre resultado das nossas próprias condições existenciais do momento.

Faça uma lista das coisas boas que aconteceram durante o ano, e surpreenda-se. Avalie seu desempenho, seu progresso, como o alcançou, e conceba quão mais longe ainda pode chegar. Pense em todas as coisas que aprendeu e idealize o que pode fazer com todo esse conhecimento. Não crie metas irreais para si, nem estabeleça prazos e datas impossíveis de serem alcançadas. Encare o novo ano como uma estrada, e caminhe. Um passo de cada vez, decidido e firme. Faça planos, escreva sua visão. E corra com ela. Esse é o segredo. Feliz 2023!