O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, lembrado em 10 de setembro, é marcado pela campanha Setembro Amarelo. A campanha busca disseminar informações e reduzir estigmas relacionados à saúde mental e ao suicídio. Durante todo o mês de setembro, a campanha foca em promover conscientização e compreensão sobre esses temas delicados. Mais pessoas morreram por suicídio nos Estados Unidos no último ano do que em qualquer outro ano registrado, de acordo com dados provisórios dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

Pelo menos 49.449 vidas foram perdidas devido a autolesões intencionais em 2022, quase 15 mortes para cada 100.000 pessoas. A taxa de suicídio aumentou em 2021, revertendo dois anos de declínio. E com o aumento contínuo em 2022, as taxas superaram o recorde anterior de 2018.

A taxa de suicídio do ano passado – 14,9 mortes para cada 100.000 pessoas – é 5% maior do que o recorde anterior de 2018, que foi de 14,2 mortes para cada 100.000 pessoas, e representa um aumento de 10% ao longo dos dois anos.

No contexto do Setembro Amarelo, o Projeto Superar e Ser Feliz apresenta histórias inspiradoras de superação, como a emocionante jornada de uma mãe que perdeu sua filha para o suicídio, mas que tem encontrado forças para seguir em frente.

A HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO DE LOURDES C OSTANZA

Lourdes Costanza, carinhosamente chamada de “Lurdinha” pela comunidade, compartilha sua jornada de dor e superação após a perda trágica de sua filha para o suicídio. Lurdinha, que possui formação em Administração, trabalhou na produção de eventos, teatro e shows internacionalmente por mais de 30 anos e sempre esteve envolvida em eventos beneficentes da APAE. Ela é um exemplo de como a dor intensa pode ser transformada em uma busca por ajudar aqueles que enfrentam situações semelhantes.

A Luta Contra a Depressão e o Suicídio

Lurdinha relata que sua filha enfrentava a depressão, uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ela descreve a depressão como uma escuridão profunda, um túnel sem saída. Sua filha, ansiosa e perfeccionista, lutou contra a doença desde os 10 anos de idade. Buscou ajuda de profissionais, incluindo psicólogos e psiquiatras, mas a depressão continuava a afetá-la. Infelizmente, a dor tornou-se insuportável, levando à trágica decisão do suicídio.

Reconstruindo a Vida e Ressignificando a Dor

Após a perda de sua filha, Lurdinha enfrentou um período de profundo luto e solidão. No entanto, a sequência de perdas familiares no mesmo ano a impulsionou a encontrar uma nova perspectiva. Ela retomou seus estudos espirituais, adotou práticas de meditação e se uniu ao Projeto Acolher Perdas e Luto, buscando apoio e compreensão. Lurdinha encontrou força ao enfocar a gratidão pelos momentos compartilhados com sua filha e pelas lições que ela trouxe. Dia após dia, seus sentimentos evoluíram, permitindo que a saudade fosse repleta de amor e lembranças felizes.

Uma Vida de Esperança e Conscientização

Lurdinha aprendeu que a vida continua após o luto e que é possível encontrar alegria e propósito mesmo após enfrentar perdas devastadoras. Ela compartilha sua jornada para inspirar outros a encontrarem esperança e resiliência diante das adversidades. Lurdinha ressalta a importância de compreender a dor e se apoiar em recursos, profissionais de saúde mental e comunidades de apoio. Sua história é um exemplo de que, mesmo nas situações mais sombrias, há espaço para a luz da esperança.

A história de Lourdes Costanza nos mostra a capacidade incrível de resiliência humana diante da dor e do sofrimento. Seu compromisso em compartilhar sua jornada de superação após a perda trágica de sua filha serve como um farol de esperança para todos aqueles que enfrentam desafios semelhantes. O Projeto Superar e Ser Feliz, juntamente com outras iniciativas como o Setembro Amarelo, desempenha um papel fundamental na conscientização sobre a saúde mental e na quebra dos estigmas associados ao suicídio. A mensagem de Lurdinha é clara: “mesmo nas circunstâncias mais difíceis, a vida pode encontrar um caminho para a cura, a resiliência e a transformação”.

AS PALAVRAS DE LURDINHA

Voltar ao passado sem lágrimas é impossível. Recordar tudo o que vivi com minha filha antes de sua partida é sempre doloroso, pois a saudade é imensa. Mas o propósito deste meu depoimento é apenas ajudar aqueles que sofrem com depressão e que, em alguns casos, chegam ao suicídio. É necessário falar desta doença que afeta milhões e milhões de pessoas. Muitos têm receio de se manifestar e se sentem marginalizados. Criam seu próprio mundo de solidão. A depressão sempre vem acompanhada de vários distúrbios como TOC, ansiedade, bipolaridade e outros mais…

Assim era minha filha: ansiosa, perfeccionista. Com seus 10 anos de idade, começamos a nossa luta. Buscamos apoio com profissionais psicólogos e psiquiatras e, aí, iniciamos com medicamentos e terapias. Minha filha não se aceitava, não se amava. Com o passar do tempo, a janela da depressão se abriu. A depressão leva o ser humano ao fundo do poço. É como entrar num túnel escuro e não encontrar a saída. Sua dor era tão intensa que não restaram alternativas, e o pior aconteceu: o suicídio.

Com certeza, não foi porque ela queria deixar este mundo, mas porque precisava se livrar da dor que sentia. E assim partiu minha amada e eterna filha. Se eu pudesse dizer algo a alguém, diria: acolham seus filhos, amigos, familiares, com muito carinho e amor, pois não sabemos se o amanhã eles estarão aqui.

COMO OBTER AJUDA

A ajuda está disponível se você ou alguém que você conhece está lidando com pensamentos suicidas ou questões de saúde mental.

Nos EUA: Ligue ou envie mensagem de texto para o número 988, a Linha de Vida e Crise de Suicídio. Globalmente: A Associação Internacional para Prevenção do Suicídio e a Befrienders Worldwide têm informações de contato para centros de crise ao redor do mundo.

O mês passado marcou o primeiro aniversário do lançamento da Linha de Vida e Crise de Suicídio 988, uma transição da Linha Nacional de Prevenção do Suicídio para um código de discagem mais simples de três dígitos – 988 – que pretende ser mais fácil de lembrar, como o 911 para serviços médicos de emergência.

Projeto Superar e Ser Feliz

O Projeto Superar e Ser Feliz, liderado pela professora Anete Lobo, tem como missão auxiliar pessoas que enfrentaram ou estão enfrentando momentos de sofrimento e trauma. Mensalmente, o projeto destaca histórias de mulheres que compartilham suas experiências de dor e superação, com o intuito de oferecer apoio e motivação para outros que estejam passando por situações similares. O projeto disponibiliza uma variedade de recursos, incluindo recomendações de profissionais de saúde mental, grupos de apoio, artigos, livros e vídeos que oferecem suporte àqueles que buscam superar suas dificuldades. O Projeto Superar e Ser Feliz também incentiva o engajamento dos leitores, aceitando comentários, perguntas e sugestões por meio do email superareserfeliz@gmail.com.

Contato: Anete Lobo
Site www.superareserfeliz.com
Instagram @superareserfeliz

Parcerias:
Studio-D Beauty &SPA Hair Salon
Rosana de Rosa – Life Coach e Terapeuta
Rosali de Castro Aguiar – Psicóloga, Advogada, Mediadora e Consteladora Familiar Sistêmica
Flavia Duarte – Mentora, Fundadora do Projeto Flavia Se Cuida, Líder do Grupo Mulheres do Brasil no
Comitê de Violência Doméstica na Flórida
Wanessa Surdine – Personal da Mente