O mediador do painel sobre Imigração, realizado neste domingo (28) na Brazil Expo Florida, Alexandre Piquet abriu a apresentação lembrando que no recente Road Show – uma agenda de visitas por várias cidades brasileiras com palestras de especialistas – pôde constatar que aumentou bastante o interesse das pessoas em trocar o Brasil pelos EUA.

O painel, aliás, foi composto por profissionais que atuam em setores importantes para auxiliar os brasileiros que vivem aqui e também aqueles que desejam viver na terra do Tio Sam. Além do advogado de Imigração, Alexandre Piquet, também sentaram-se à mesa o contador João Gomes, que atua sobretudo nas questões tributárias; Sandra Mina, vice-presidente de Empréstimos Imobiliários do Banco do Brasil Americas, e Walter Ottavi, concierge e especialista em providenciar documentos para pessoas de todo mundo, principalmente brasileiros.

Walter, por sinal, afirmou que sua empresa foi criada a partir do desespero das pessoas em obter documentos importantes, mas que não tinham nem tempo nem paciência para seguir os trâmites burocráticos de consulados e repartições públicas americanas. “Geralmente, os brasileiros tendem a acusar o Consulado-Geral do Brasil de ser burocrático e dificultar a
concessão de documentos. Isto não é verdade, não se pode esquecer que o solicitante também precisa providenciar informações básicas para a obtenção desses documentos. E isto vale para todos lugares”, comentou o concierge, Sandra Mina faz coro aos argumentos de Walter. Na condição de liberadora de empréstimos para compra de imóveis, ela solicita aos possíveis compradores o máximo de documentação antes de liberar o dinheiro. “O Banco do Brasil Americas exige apenas 25% de entrada na compra de um imóvel, e os restantes 75% são concedidos como empréstimo a juros de mercado por até 30 anos. Além disto, abrimos contas bancárias, damos cartões de crédito e todos os benefícios que os demais bancos americanos oferecem”, explicou.

Entretanto, para se liberar um empréstimo de alto valor, o banco exige uma série de documentos. “Algumas pessoas se queixam e dizem que isto é muito burocrático, mas a verdade é que temos de ter as garantias de que o emprestador reúne as condições necessárias para honrar seu compromisso. Tem uns que falam ‘Você me conhece’, ‘Tenho muito patrimônio’. Pode ser verdade, mas a realidade é que precisamos ter a comprovação de renda”, complementou.

Se comprar imóvel nos Estados Unidos é mais fácil do que se pensa, há outras chamadas ‘lendas urbanas’ que povoam as mentes dos brasileiros. João Gomes citou uma das que mais apavoram os brasileiros: a bitributação. “Logicamente que, se não houver uma boa assessoria tributária, corre-se o risco de pagar impostos em dobro. No entanto, com bons profissionais nas áreas contábeis e tributárias este risco praticamente some. Às vezes, as pessoas preferem pagar menos para curiosos e as consequências são bem mais custosas, no futuro. Já com gente mais experiente e qualificada, o estrangeiro fica tranquilo, porque eles usam os vários artifícios, previstos em leis, para preservar o patrimônio dos clientes”, assegurou João Gomes.

Outra ‘lenda urbana’ que permeia as mentes das pessoas é a de que os Estados Unidos estão restringindo a vinda de imigrantes. Segundo Piquet, este discurso é improcedente. Os EUA têm centenas de diferentes tipos de vistos para legalização de estrangeiros. “Particularmente nas áreas de investidores,há as categorias EB.. O EB-5 é o do investidor, o EB-4 é o do religioso, o EB-3 é o de contratação de profissionais e os EB-2 e EB-1 são aqueles reservados para os talentos. Estes vistos são bastante abrangentes e contemplam profissionais dos
mais diversos segmentos, sobretudo aqueles onde há carência de profissionais aqui nos EUA, como pilotos de aviões, pessoal da área de Saúde e outros”, esclareceu Piquet. Portanto, basta conhecer os caminhos disponíveis para viver de maneira legal aqui.

Logo após este painel, veio o de Mulheres +, que reuniu quatro mulheres que saíram de baixo e hoje são profissionais conceituadas em suas áreas de atuação.
Cada uma delas escolheu uma palavra que melhor definisse suas chaves de sucesso. Elizabeth Alderete escolheu a palavra Conexão, porque ela admitiu que deve muito de seu sucesso de sua rede de contatos; Claudia Fehribach optou pelo termo Paixão, que, segundo ela, define com precisão seu modo de vida, pois não faz nada em sua vida que não envolva paixão; Ousadia é a palavra que melhor define Renata Castro, advogada de Imigração que hoje tem um escritório com 50 funcionários, e Marcela Freitas escolheu Determinação, porque, em pouco mais de cinco anos nos EUA, soube superar os problemas e agora é uma empresária bem-sucedida no segmento de criação de moda – seu grande lance foi a criação de máscaras personalizadas na época da pandemia da Covid-19.

Crédito: Todd Holland/Divulgação