Há 75 anos, nascia o Estado de Israel, um fato que trouxe mudanças sociais, políticas e geopolíticas para todo o mundo. Cinco meses depois, foi proclamada a sua independência, após mais de um século de esforços sionistas para estabelecer um estado judaico.

David Ben-Gurion, líder fundador e primeiro-ministro de Israel, proclamou a fundação do Estado judeu moderno em 14 de maio de 1948 (5º dia de Iyar no calendário hebraico), no Salão da Independência em Tel Aviv.

Este marco histórico representou a realização de um sonho antigo do povo judeu, que há quase dois mil anos havia sido expulso de sua terra e disperso pelo mundo. Pela primeira vez em séculos, o povo judeu tinha uma nação soberana e um lar onde poderia exercer seu direito de autodeterminação e se proteger de futuras perseguições.

“Ben-Gurion escolheu as palavras, ‘nós por meio desta declaramos o estabelecimento de um estado judeu na Terra de Israel para ser conhecido como o Estado de Israel’”, lembrou o guia turístico do Independence Hall, Isaac Dror.

“Este foi o nascimento de um estado judeu para todos os judeus. Ben Gurion estava aqui como a voz de 11 milhões de judeus em todo o mundo que não tinham voz, que não tinham endereço e nenhum lugar para onde ir”. Dror, que lidera o esforço educacional no local, explicou. “Isso nos foi prometido por Deus. Somos o único povo na história do mundo que vive na mesma terra, fala a mesma língua e acredita no mesmo Deus há mais de 3.000 anos.”

EVENTO HISTÓRICO

O nascimento do Estado de Israel foi um evento histórico de grande relevância para o povo judeu, que havia sofrido perseguições e discriminação em diversos países ao longo da história, culminando com o Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.

Israel como país representou uma nova esperança para a comunidade judaica, que finalmente encontraria um lar seguro e soberano.

Enfrentando diversos desafios políticos, sociais e militares, Israel se estabeleceu como uma das principais potências do Oriente Médio e um importante ator no cenário internacional.

Setenta e cinco anos atrás, uma declaração assinada em uma galeria de arte de Tel Aviv mudou o mundo para sempre.

O papel de Oswaldo Aranha foi fundamental para a criação do Estado de Israel. O político brasileiro presidiu a sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas que votou a criação de dois estados na Palestina, um árabe e um judeu, em novembro de 1947.

Apesar da pressão de países árabes e da União Soviética, Aranha conduziu a votação de forma hábil e conseguiu aprovar a resolução, que foi essencial para a proclamação da independência de Israel alguns meses depois.

Aranha teve um papel de destaque na história do Brasil e das relações internacionais, e sua contribuição para a criação do Estado de Israel é um legado importante que deve ser lembrado e celebrado.

Apesar de todas as improbabilidades, o jovem Estado de Israel não apenas conseguiu sobreviver, mas superou as expectativas e se tornou uma potência global nas décadas seguintes. Ao longo dos três últimos quartos de século, Israel cresceu de forma notável, enfrentando desafios políticos, sociais e militares, mas mantendo-se firme em sua trajetória de progresso e desenvolvimento. E hoje Israel é uma potência mundial.