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Dina Barile, de 66 anos, é a primeira e única mulher brasileira a ir para a estratosfera

Ela entrou para o RankBrasil – entidade que homologa recordes brasileiros, com reconhecimento nacional e internacional, o que não deixa margem a dúvidas – em 2019 pelo recorde de primeira brasileira a ir para a Estratosfera. O voo aconteceu em um caça MIG 29. Estamos falando de Dina Barile, 66 anos, que é um exemplo de determinação e superação.

Filha de imigrantes italianos que fugiram do caos pós-guerra, Dina viveu uma infância bem humilde, quando dependia de boas notas escolares para conse­guir bolsas de estudos para poder estudar. Hoje, fala inglês, italiano e espanhol e cursou duas faculdades: Bacharelado em Estatística, na USP, e Ciências Atua­riais, na PUC. Prestou concurso para bolsa de mestrado na USP e passou em primeiro lugar, porém, como tinha que trabalhar para seu próprio sustento e o da família, desistiu da bolsa que exigia dedicação exclusiva.

Dina está sempre querendo quebrar paradigmas. “Quero estar à frente do meu tempo”, diz constan­temente. Fascinada por novas experiências e por conhecer mais, embarcou em um caça MIG 29, na base de Sokol, na Rússia e se tornou a primeira e única Mu­lher Brasileira a chegar à Estratosfera. No dia seguinte, realizou um voo em gravidade zero..

Dina Barile é uma sonhadora. Mas não dessas pessoas que vivem em um mundo imaginário, que não passa de desejo e de pura fantasia. É que Dina é também uma realizadora, especializada justamente nisso: concreti­zar aquilo que sonha!

Jornalista apaixonada por turismo, já conheceu 142 países. Em novembro de 2015, tornou-se primeira brasileira a viajar para a Estratosfera. E até hoje, foi a única Brasileira a realizar essa façanha. Para a viagem até a Estratosfera, Dina precisou ir até a Rússia. Tudo foi organizado pela empresa do astronauta brasileiro Marcos Pontes. Dina foi a 16.700 metros da Terra, em um caça MIG 29. Fez diversas manobras de combate e foi submetida a uma força 7G (sete vezes o peso do seu corpo).

Para isso, se preparou durantes seis meses com uma médica especializada em esportes radicais, tomou vitaminas, passou por vários exames e fez academia (o que detesta). “Sou a primeira brasileira a fazer essa emocionante viagem. Levei a bandeira nacional comigo, conta”.

Logo em seguida, conquistou outro sonho: ser uma das pessoas escolhidas para carregar a Tocha Olímpica. O “concurso”, realizado pelo Comitê Olímpico Brasilei­ro, foi apenas entre os 50 mil voluntários escolhidos para os Jogos. Cada voluntário que quis participar enviou um vídeo falando de suas motivações e pedindo o voto.

Foi escolhido apenas um voluntário em cada estado. Conseguiu! Dina, que trabalhou como voluntária na Copa do Mundo de 2014, foi a voluntária escolhida para conduzir a Tocha Olímpica, como a representante de São Paulo, entre todos os inscritos para trabalhar como voluntários nos Jogos Olímpicos do Rio de 2016.

Foram apenas 200 metros de percurso. Na ocasião, disse: “É um sonho que será realizado. Sou apaixonada por esportes e levar a tocha me tornará, de certa forma, além de voluntária, uma atleta desses jogos tão importantes”. A tocha olímpica passou por 250 cidades de todo os estados brasileiros. Foram per­corridos 20 mil quilômetros. Ao total, 10 mil pes­soas carregaram a tocha. O grande sonho, paixão e realização de Dina são as suas viagens. Os números impressionam, mas não revelam tudo: 142 países já é muita coisa, mas para vários ela viajou diversas vezes. Podemos dizer que esteve 400 vezes em países fora do Brasil.

Durante os 30 anos em que trabalhou no banco Banespa, viajava sempre nas férias: uma vez por ano dentro do Brasil e no ano seguinte para o Exterior. Depois de aposentada, segue viajando muito. Conhece lugares instigantes e exóticos como Butão, Índia, Madagascar, Islândia, Namíbia, Etiópia, Tailândia, Antártica e Tunísia. “Amo viajar e conhecer lugares bonitos e instigantes, mas princi­palmente conhecer pessoas e culturas. É o que mais me motiva”, conta a jornalista, que criou um Portal, chamado Spot Life. O link é www.spotlife.com.br.

“Após aposentar-me, montei um site para divulgar e ajudar ONGs e entidades assistenciais que não tinham verba para se promover. O site cresceu e agora é um portal de variedades, onde falo de Gastronomia, Turismo, Moda, Comportamento, Beleza, Celebridades, Entretenimento, Esportes e Lifestyle”, afirma.

Apesar de aventureira, Dina é uma mulher discreta. Desde sempre aprendeu que a discrição e a segu­rança estavam acima de tudo e que não deveria correr riscos. E também precisou lutar contra a falta de autoestima. “Meus pais eram muito humildes. E, com medo que eu ficasse mimada, nunca me elogiaram e nunca tomaram meu partido. Se alguém brigasse comigo ou me batesse na escola, ao invés de ir lá tomar satisfação, como as mães das minhas amigas faziam, minha mãe dizia: ‘se você apanhou é porque aprontou algo e mereceu’. Eu era sempre a primeira da classe e mesmo do colégio. Sempre tirava 10 em tudo, me matando de estudar. Se tirasse um 9,5, já não me conformava. Daí as pessoas me elogiavam para minha mãe, dizendo que eu era inteligente e ela respondia: “ela não é in­teligente, ela é esforçada”. Até mesmo nos esportes eu me destaquei. Cheguei até a ganhar medalha de arremesso de peso”! Não tenho mágoas, porque sei que sempre me amaram e era a forma que achavam que era a melhor para mim. Ainda assim, sei que até hoje muito do que faço é para ouvir que eu sou inteligente e capacitada; é esperando que alguém me reconheça”, diz.

Segundo o site Viajologia, Dina é classificada como “Pós Doutorada em Viajologia”, “Já conheci 23 estados em nosso lindo País e 142 países, em todos os continentes, acumulando conhecimento através do contato direto com outras culturas”, afirma, acrescentando que até fica surpresa com as suas conquistas. Quer exemplos? Dina celebrou aniver­sário na Antártida em um ano e no Polo Ártico no outro, onde foi presenteada por belíssimas Auroras Boreais.

Atualmente, Dina está solteira, adora viajar e é aventureira, mas no amor prefere relações estáveis. “No Brasil não tenho dado muita sorte com namo­rados, mas nos extremos até que me dou bem. En­contrei um namorado alemão no Alaska e ficamos juntos por quatro anos e outro namorado, inglês, na Antártida com o qual fiquei 7 anos”, revela.

“Adoro viajar e tenho paixão pelos países que conheci, mas digo que o Brasil é o país mais belo do mundo e o melhor lugar para se viver. Temos todos os atributos para ser o país mais visitado do planeta e transformar o turismo na nossa maior fonte de renda”, afirma, acrescendo que se sente uma embaixadora voluntária do Brasil. “Quero ser um agente transformador para que o Brasil atraia turistas e possamos trocar conhecimento, cultura e informações. Sou determinada em divulgar o País, incentivando todas as pessoas que conheço ao redor do mundo a vir conhecê-lo. Pode não ser muita coisa, mas adoro saber que faço a minha parte”, finaliza.

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