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O ribombar da nudez

De Eduardo Prugner 

Rio de Janeiro, capital do Carnaval! Estamos em plena folia carnavalesca. A “Cidade Maravilhosa” cantada em versos de samba se prepara para receber milhares de turistas, vindos de todas as partes do mundo. “Cidade Maravilhosa” é a letra da música* composta por André Filho e que dá o nome carinhoso à cidade do Rio de Janeiro.

O palco do maior espetáculo de rua do mundo é na rua Marques de Sapucaí, chamado de Sambó­dromo, onde as “Escolas de Samba”, se apresen­tam. Essas agremiações populares, normalmente sediadas nos morros do Rio de Janeiro,

Os japoneses trazem seus equipamentos fotográficos da última geração e se acotovelam entre uma enorme e barulhenta multidão nas arquibancadas do Sambódromo.

O que eles não entendem como pode caber tanta gente naquela estrutura de concreto que parece acompanhar o bumbar dos tambores, numa impressão que tudo aquilo pode desmoronar a qualquer momento.

“Cidade Maravilhosa” é também em função de uma marcha carnavalesca, composta em 1934, por André Filho, para o carnaval daquele ano. Tornando-se hino oficial do Rio de Janeiro, em 1960. Essa música, é o próprio contexto do carnaval carioca.

Ao chegar no Rio de Janeiro, o avião faz o contor­no na baía de Guanabara. De um canto pode-se ver a monumental ponte Rio – Niterói, um marco da engenharia brasileira. Do outro lado, o morro do Pão de Açúcar, onde o “bondinho” aéreo faz o trajeto entre aquele morro e o da Urca. Hoje dois símbolos que ostentam o orgulho da Cidade.

Ante todas estas maravilhas, criada pelo homem, a Natureza se impôs nas belezas naturais, escu­tamos, talvez motivado pelas emoções, o som abafado do “surdo” espécie de tambor, com som seco, dando o acorde rítmico e marcante, que orienta os demais instrumentos musicais e os passos dos sambistas que agora iniciam o desfile das Escolas de Samba.

A avenida Marques de Sapucaí, está toda ilumi­nada e cercada nas suas laterais por verdadei­ras edificações, onde estão as arquibancadas, como num estádio de futebol. Talvez sua altura pode-se comparar a um prédio de 10 andares. Entre a rua e o início dessa estrutura estão os camarotes cujos espaços variam de 20 a 100 pessoas. Inclusive os maiores contam com uma cozinha e banheiros individuais. São vendidos com antecedência e custam verdadeiras fortunas que chegam a valer de r$50 a 100 mil reais.

O carnaval está esquentando e as graciosas passistas entram na avenida, entre minúscu­los biquinis cercados de plumas e lantejoulas. Dançam, exibindo seu corpo e rebolado. Algumas segurando as bandeiras de sua agremiação e outras se fazem rogar aos dançarinos que são trajados elegantemente: ora com coletes colori­dos, ora com camisas brancas e detalhes da sua escola de samba.

O carnaval continua, e as apresentações das escolas de samba se sucedem, obrigando-as sem­pre a fazer o desfile em tempo pré-determinado.

Aos poucos a madrugada vai cedendo ao ama­nhecer e a última escola se apresenta. O público, que foi se alternando durante toda a noite, também seguem os seus caminhos. Alguns, na desculpa de espantar o cansaço se atiram nas águas do mar próximo e acabam “desmaiando” na areia, outros vão para casa e ainda há àqueles que corajosamente, enfrentarão um dia de trabalho.

Posfácio

*O hino da cidade do Rio de Janeiro é chamado “Cidade Maravilhosa” foi composto por André Filho e serviu de tema musical para o carnaval carioca de 1935. Posteriormente oficializada, em 2003, pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro,como hino oficial da cidade. A primeira gravação dessa música foi feita por Aurora Miranda (irmã de Carmem Miranda) no ano em que foi composta.

“Cariocas” é o nome que se dá aos nascidos na Cidade do Rio de Janeiro e “Fluminenses” aos nascidos no Estado do Rio de Janeiro

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