As cidades de Teresópolis e Petrópolis registraram mais mortes nesta segunda-feira em decorrência das chuvas. Dessa forma, subiu para 652 o total de óbitos na região serrana do Rio.
Nova Friburgo ainda concentra o maior número de vítimas. Até o momento, foram achados 302 corpos. Teresópolis tem 272 mortos, e Petrópolis contabiliza 57 mortes. Também foram registrados óbitos nos municípios de Sumidouro (19) e São José do Vale do Rio Preto (2).
Além disso, Petrópolis tem 2.800 desabrigados (pessoas que perderam suas casas), e outros 3.600 desalojados (pessoas que foram obrigadas a sair de casa). Em Nova Friburgo, são 1.970 desabrigados e 3.220 desalojados. Já em Teresópolis, 1.280 pessoas perderam suas casas, e 960 deixaram suas residências.
CAMPOS
A cidade de Campos dos Goytacazes, na região norte do Rio de Janeiro, também está em alerta máximo em função da cheia do rio Paraíba do Sul, que corta o município. O nível do Rio já subiu 10,15 metros, e a comunidade da Ilha do Cunha já começou a ser inundada. Trinta famílias foram retiradas do local, e encaminhadas para um abrigo do município.
Segundo a Defesa Civil de Campos, o nível do Rio sobe lentamente. A situação, por enquanto, está sob controle, mas existe o temor de que uma chuva forte provoque alagamentos na cidade. O rio transborda completamente quando o nível sobe 12 metros.
A cheia do rio Paraíba do Sul provocou a interdição da RJ-194, via que liga Campos a São Francisco de Itabapoana, também no norte do Rio. A água invadiu a rodovia nas proximidades de Gargaú, distrito de São Francisco de Itabapoana.
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Homens da FAB auxiliam vítimas das chuvas em Nova Friburgo, na região serrana do Rio |
PREVENÇÃO
O governo federal anunciou hoje a implantação gradual, pelos próximos quatro anos, de um sistema integrado para prevenção de desastres naturais. A coordenação do sistema ficará a cargo da pasta da Ciência e Tecnologia.
Além de um supercomputador que ampliará a capacidade de monitoramento de áreas de risco e de processamento de informações, o ministério terá novos pluviômetros e radares.
Mercadante disse que a melhora no controle e minimização de tragédias como a do Rio será gradual, com implantação completa prevista para daqui a quatro anos. Segundo o ministro, a estimativa do governo é de que 5 milhões de pessoas vivam em áreas de risco potencial no país.