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Liga Árabe adverte líderes sobre insatisfação popular em países da região; entenda

Em meio à revolta na Tunísia e à onda de autoimolações e protestos na Argélia, Egito, Jordânia, Mauritânia e Iêmen, o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, admitiu ontem (19) que a insatisfação popular na região chegou a um nível “sem precedentes” e que a “alma árabe” está abalada pela pobreza, o desemprego e a recessão.

Falando a mais de 20 países numa cúpula econômica da liga em Sharm el Sheikh, no Egito, Moussa disse que a revolução tunisiana não é um caso isolado.

“O cidadão árabe entrou num estágio de fúria sem precedentes. Estou certo de que atingir um desenvolvimento tangível aos árabes aliviará nossas sociedades destes desafios”, afirmou.

Um fundo de US$ 2 bilhões deve ser criado em ajuda aos países mais pobres do bloco.

Em reação, o chanceler egípcio, Ahmed Aboul Gheit, disse que a reunião deve tratar das questões sociais sem abordar temas políticos.

Somente na Argélia, dez pessoas tentaram o suicídio por autoimolação desde o último sábado.

No Egito houve três casos e um pedreiro de 25 anos morreu no Cairo.

TRANSIÇÃO

De acordo com a ONU, os protestos em Túnis já deixaram ao menos 117 mortos, sendo 70 por autoimolação.

A alta comissária para direitos humanos da entidade disse que condenar os responsáveis pela repressão aos protestos é crucia para a paz.

A ONU enviou uma equipe ao país para investigar denúncias de abusos.

Tentando conter as manifestações, o governo de transição tunisiano vem anunciando medidas de abertura.

Ontem, o ministro do Interior, Najib Chebbi, anunciou a libertação de todos os prisioneiros políticos no país, incluindo militantes do grupo islâmico Ennahda.

O governo interino decidiu investigar contas do ex-ditador Zine el Abidine Ben Ali no exterior, e a Suíça anunciou o bloqueio de seus ativos em bancos do país.

Ainda ontem os tunisianos visitaram casas de familiares de Ben Ali saqueadas durante a revolta popular.

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