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Visite Chicago: Um museu a céu aberto

Essa cidade no meio-norte dos Estados Unidos, à beira do Lago Michigan, é uma metrópole americana por si, embora literalmente seja a terceira em importância. Um primeiro olhar pode até ressuscitar o clima noir dos tempos do maior bandido do século passado, Al Capone: um emaranhado de altíssimos arranha-céus, pessoas apressadas indo e vindo, homens vendendo jornais nas esquinas e, para completar a cena, o barulho ensurdecedor do El, trem elevado cujo traçado é uma espécie de quadrado no centro da cidade, o Loop.

No entanto, construída ao longo da orla do Lago Michigan, que é um “marzão” turquesa (com 58 061 quilômetros quadrados, ou duas vezes a área da Bélgica), Chicago mais remete à geração saúde encabeçada pelo astro do basquete Michael Jordan.

Além do conjunto arquitetônico de maior expressão no país, tem 131 florestas preservadas, 572 parques e 31 praias. E pode se orgulhar de possuir uma das maiores orlas urbanizadas do mundo: a Lake Shore Drive, com 53 quilômetros completamente acessíveis a todos os mortais. É um lugar e tanto para quem gosta de correr, caminhar, patinar, paquerar…O bluesman Buddy Guy ter um bar ali não é a única coisa que faz tremer a cidade que nunca dorme. Chicago abriga ainda uma orquestra sinfônica aclamada mundialmente, esculturas de Picasso, Miró e Chagall a céu aberto, 35 museus, o Shedd Aquarium, o maior aquário fechado do mundo, o Adler Planetarium, o primeiro planetário do país. E o Navy Pier, uma mistura de centro de convenções com lazer que fascina os frequentadores com muita cerveja, música, gente bonita e uma incrível vista do lago e do skyline.

À beira do lago Michigan, com 23 milhas de costa urbanizada em forma de jardins e marinas, com destaque para o parque Grant, sede de museus e instituições culturais, Chicago é universalmente reconhecida como a capital da arquitetura.

Dona de uma história eletrizante, a cidade, hoje com quase 3 milhões habitantes, foi devastada por um incêndio em 8 de outubro de 1871. Depois, a “Windy City” (cidade do vento), então repleta de imigrantes e dona de um traçado urbano tortuoso, renasceu como metrópole planejada, erguendo os primeiros arranha-céus.

Tanto em obras ultracontemporâneas, caso do Millennium Park, implantado em 2004 para incrementar o lazer numa esquina do parque Grant, quanto em prédios criados por renomados arquitetos do início do século 20, Chicago foi chamada pelo escritor Norman Mailer de “a última metrópole verdadeiramente americana.”

Ao lado do tradicional Instituto de Arte de Chicago, o Millennium Park é prova da sua renovação permanente: abriga imensa escultura de aço do indiano-britânico Anish Kapoor, o teatro metálico aberto em ondas para o parque e o pavilhão Jay Pritzker, criação do arquiteto canadense Frank Gehry.

Para confirmar a vocação de vitrina arquitetônica, a Chicago Architecture Foundation (CAF) organiza 85 tours guiados mostrando obras de diversas épocas e estilos. Assim, desde o Loop, estrutura férrea que já suportava o metrô de superfície nos anos 1880, na zona central, até prédios saídos da prancheta de Frank Lloyd Wright e do ultracontemporâneo César Pelli, nascido na Argentina, Chicago é um museu a céu aberto. Tem mais estátuas do que qualquer outra cidade dos EUA, exibindo nas ruas esculturas de Picasso, Chagall, Miró, Gaudí e Calder.

Quente no verão, no meio do ano, e gélida no inverno, no fim do ano, a “Windy City” é “cool” a qualquer tempo. Tem compromisso musical com o blues, aliás citado até em “My Kind of Town”, canção interpretada por Frank Sinatra nos anos 1960 que também alude à hospitalidade e ao Wrigley Building, prédio histórico da avenida Michigan que marca a foz do rio Chicago e, no lado norte, o início da Magnificent Mile, onde há lojas e hotéis de luxo. Imperdível!

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