O ex-presidente cubano Fidel Castro disse em uma entrevista republicada pela imprensa do país que chegou perto da morte por causa da doença intestinal que o afastou do poder, em 2006. “Cheguei a estar morto, mas ressuscitei”, disse ao jornal mexicano La Jornada. A entrevista também foi publicada no side Cubadebate.
“Já não esperava viver. Me perguntei várias vezes se os médicos me deixariam viver naquelas condições ou me permitiriam morrer. Sobrevivi, mas em condições muito ruins”, disse.
De acordo com Fidel, no começo de sua crise de saúde, ficou entubado, recebendo alimentos por sonda e com perdas de memória. “Estendido na cama, apenas olhava ao meu redor, ignorante de tudo. Não sabia quanto duraria aquilo”, afirmou.
Fidel disse ainda ter perdido muito peso com a doença. “Cheguei a pesar 66 kg. Imagine. Um cara do meu tamanho pesando 66 kg. Hoje estou entre 85 kg e 86kg. Já caminho um pouco sem ajuda e sem bengala”, acrescentou o líder, de 84 anos e com mais de 1,90 m.
Desde que voltou a aparecer em público, em julho, Fidel já contabiliza 30 aparições. Em seus artigos na imprensa cubana, tem se dedicado a abordar o risco de uma guerra nuclear entre os EUA, o Irã e Israel.
O ex-presidente mantém o cargo de primeiro secretário do Partido Comunista cubano e o de comandante em chefe, mas continua afastado das decisões sobre a política interna do país.