O brasileiro Juliard Aires Fernandes, de 20 anos, que foi morto na chacina desta semana com 72 vítimas no norte do México, havia saído do Brasil em busca de um emprego nos Estados Unidos. É o que diz sua prima Rosângela Marques Fernandes, segundo o jornal “Hoje em Dia” . De acordo com o diário, Fernandes era morador de Santa Efigênia de Minas, no Vale do Rio Doce. Ele teve a morte confirmada no sábado , quando o Itamaraty também informou que outro brasileiro de Minas Gerais – Hermínio Cardoso dos Santos, 24 anos – teve o documento encontrado entre as vítimas, mas seu corpo não foi identificado.

– (Ele) tinha o sonho de todo imigrante, que era arrumar um trabalho e vencer na vida – disse a prima de Fernandes, acrescentando que seu pai está “atordoado”. – A mãe morreu há menos de um ano. É uma tragédia para toda a família.

De acordo com o jornal, o brasileiro saiu do país há cerca de 30 dias. Os parentes ainda não sabem quando o corpo dele chegará ao país. Segundo o cônsul do Brasil no México, Márcio Araújo Lage, sua repatriação depende da liberação por parte de autoridades mexicanas , o que deve ser feito após os trabalhos de perícia. Lage disse que não há prazo previsto para sua conclusão, mas acredita que isso será feito no menor tempo possível.

– Há interesse em apressar isso. São muitas famílias envolvidas – disse o cônsul, que já voltou à Cidade do México depois de passar o sábado no estado de Tamaulipas, local da chacina, onde se reuniu com autoridades.

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, lamentou, neste domingo, a morte de mineiros na chacina no México, segundo o “Hoje em dia”. O jornal afirma que Anastasia determinou à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social a prestação de assistência aos familiares das vítimas. Ainda de acordo com o diário, o governo de Minas oferecerá ainda auxílio para os funerais e fará o traslado dos corpos das vítimas a partir do desembarque no Brasil até os municípios onde moravam..