
A invenção de “pinças de luz” usadas em pesquisas biológicas e de outras tecnologias a laser em equipamentos básicos do nosso dia a dia, como impressoras e scanners de supermercado, foi homenageada com o prêmio Nobel de Física 2018. Os pesquisadores premiados foram o americano Arthur Ashkin, o francês Gérard Mourou e a canadense Donna Strickland. Os três receberam o prêmio por “suas invenções inovadoras no campo da física de lasers”, segundo o anúncio da Academia Real de Ciências da Suécia.
Askin ficou com metade do prêmio, de aproximadamente US$ 1 milhão, pela invenção, em 1987, das chamadas “pinças de luz”, ou pinças ópticas, que são pulsos de luz extremamente focada (lasers) usados para imobilizar átomos, vírus, bactérias e outros microrganismos em experimentos biológicos, permitindo, assim, uma revolução no estudo da biologia básica da vida e na biomedicina associada a esses organismos.
A outra metade do prêmio foi dividida entre Mourou e Donna, pelo pioneirismo no desenvolvimento de lasers de alta intensidade que podem ser usados de forma segura – por exemplo, em cirurgias oftalmológicas, para correção de problemas na vista. Eles publicaram um trabalho de referência sobre o assunto em 1985. Donna é a terceira mulher a receber o prêmio de Física desde a sua criação, em 1901.